Um convite para tocar numa banda cover de Roberto Carlos, a apresentação de um álbum, e algo que eu nunca imaginei: o que me passara tanto tempo desapercebido nos fins de ano da rede Globo, agora era, de fato, rei, aos meus ouvidos.
Entendi na verdade, que alguns relutam em ouvir Roberto. São adeptos do "inversamente proporcional à propaganda" ou até anti-globais. Isso pouco me importa. Estou tratando de música, e não de publicidade, marketing ou televisão. Música é música e ponto final, e nisso Roberto é rei.
Nesse 19 de abril de 2011, Roberto Carlos Braga, o rei, completa 70 anos de idade. Nascido em Cachoeiro do Itapemirim, interior do Espírito Santo, Roberto iniciou sua carreira no final dos anos 50 e lançou o primeiro compacto em 59, "João e Maria/Fora do Tom". Nessa época, se aliou a músicos do naipe de Tim Maia, Carlos Imperial e o seu principal parceiro na carreira, Erasmo Carlos. Porém, somente no início dos anos 60 é que a carreira de Roberto começou a ir além do horizonte, com os lançamentos dos álbuns "Splish Splash" e "É proibido fumar", e o surgimento da Jovem Guarda.
Esse é o movimento que marca o início do rock brasileiro. E Roberto liderava esse grupo. O rei, que hoje é denominado como um cantor romântico pela maioria, já foi, por algum tempo o cara - e a cara - do rock desse país.
Não sei o que de fato Roberto herdou do rock na sequência de sua carreira. Sei que herdou, mas não o que. Talvez o sofrimento em tantas canções soassem mais pesado do que as declarações de amor.
É que, em suas letras, a maioria dos eu-líricos expostos pelo rei tornam-se, sem titubear, os mais sofridos já existentes. Ao mesmo tempo, ele é o cara capaz das declarações de amor mais lindas e conquistadoras. "Nada é maior que o meu amor, nem mais bonito"; "Você foi o melhor dos meus planos e o maior dos enganos que eu pude fazer"; "Olha, você tem todas as coisas, que um dia eu sonhei pra mim"; "Eu preciso de você por que tudo eu pensei que pudesse desfrutar da vida, sem você, não sei". Muitos casamentos começaram por essas frases, pode apostar.
Mas Roberto não era só o sofrimento de "Esqueça", "Quando", "Você não serve pra mim" ou "Alguém me disse". E nem apenas o romantismo de "Outra vez", "Olha", "Eu preciso de você" e "Detalhes". O rei variava ainda por histórias de vida, como "O portão", "Traumas" ou "Emoções", entre tantas outras. Digo: "variava". No passado mesmo. Roberto já não lança uma música inédita há 8 anos e deixa uma expectativa imensa de se, algum dia, voltará a compor. E a compor daquela forma!
São 3:02 da manhã, e há poucos minutos, "descobri" essa pauta. Não pude, e nem vou deixar passar batido. Não tenho como contar em Detalhes a vida do filho da Lady Laura, mas me sinto na obrigação de fazer um texto, mesmo que rápido. Tão rápido quanto O Calhambeque do rei...
7 comentários:
A revista Blitz desse mês está com uma edição especial com a biografia do Rei, muito interessante!
Sim, que se prende a pré - conceitos não é capaz de entender nada, pois nunca chegará ao conceito de fato, ficando sempre no pré. Enfim acho que deu para entender.
Bem que comentamos esses dias que "As melhores produções textuais acontecem na madrugada " né Leo?! (;
Parabéns ao Rei. Parabéns ao autor do texto.
Obrigado, Lari =D
E é a pura verdade. As melhores produções são de madrugada mesmo, como a gente disse naquele dia. Certeza. \o
Muito bom o texto. Me fez ter vontade de ouvir músicas que a tempos não colocava pra tocar aqui em casa. Parabéns.
Brother, só faltou vc dizer FALANDO SÉRIO: Eu amo o rei DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO, pq essas músicas são foda! Aliás todas são!
Obrigado, Renatinha =D
O espírito é esse mesmo!
Pode cre, Carlinhos! Ambas são fuderosas tbm! E dava pra fazer o jogo de palavras mesmo kkkkk. Porra! KKKK
Mas é isso aí, espero qualquer dia ensaiar músicas do rei contigo! Abraços!
NOSSA SENHORA! será um prazer imenso! Vamo colocar essa idéia pra frente vai que um dia a gente toca no especial de fim de ano né?
hehehe
;)
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