Michael Jackson estava amargurado. O peso das acusações de pedofilia abafavam as notas das músicas que ele trabalhava tão arduamente. Ele tinha se tornado motivo de piada. Filmes de comédia como “Todo Mundo Em Pânico” usavam e abusavam do papel do MJ. E então, de repente, tudo isso foi por água abaixo com a morte de Michael. Num giro de 180º, a pessoa Michael Joseph Jackson ficou no passado para o artista retornar das cinzas. Logo, as músicas dele voltaram a ser tocadas, os videoclipes voltaram a passar na TV, os discos dele voltaram a ser comprados. Mais de um ano depois desses acontecimentos, o disco “Michael” foi lançado.
Este seria o disco que MJ lançaria em vida. E, por isso, deve ser entendido como o sucessor de “Invencible” (2001) e não como o sucessor da tragédia que se abateu sobre o rancho Neverland. Portanto, digo logo o que precisa ser dito: este não é um disco do artista Michael Jackson que conhecemos – ou o que acabamos redescobrindo com a morte do mesmo. É um disco duma pessoa que carregava o peso de acusações pesadas nas costas.
Isso talvez explique a baixa qualidade do disco, que não passa de um disco de R&B pouco inspirado. Não se vê nesse disco a genialidade que víamos no auge da carreira dele, com verdadeiros “petardos” como “Off The Wall” (1979), “Thriller” (1982) e “Bad” (1987). O que se vê é justamente o Michael sem criatividade de “Invencible”. A inspiração foi tão pouca que ele chegou até o ponto de usar artifícios repetitivos, como o auto-tune exagerado – bem no estilo T-Pain de cantar.
No disco, não há uma faixa contagiante como “Billie Jean” é em “Thriller”. Não há uma faixa bombástica como “Bad” é no seu álbum homônimo. Não há uma faixa que faça todos cantarem juntos como a música “We Are The World”, escrita por ele. O único destaque solitário do disco é a oitava música, “Behind The Mask”. Dum disco de Michael Jackson o que menos se vê é o Michael Jackson, o genial Michael Jackson.
Isso talvez explique a baixa qualidade do disco, que não passa de um disco de R&B pouco inspirado. Não se vê nesse disco a genialidade que víamos no auge da carreira dele, com verdadeiros “petardos” como “Off The Wall” (1979), “Thriller” (1982) e “Bad” (1987). O que se vê é justamente o Michael sem criatividade de “Invencible”. A inspiração foi tão pouca que ele chegou até o ponto de usar artifícios repetitivos, como o auto-tune exagerado – bem no estilo T-Pain de cantar.
No disco, não há uma faixa contagiante como “Billie Jean” é em “Thriller”. Não há uma faixa bombástica como “Bad” é no seu álbum homônimo. Não há uma faixa que faça todos cantarem juntos como a música “We Are The World”, escrita por ele. O único destaque solitário do disco é a oitava música, “Behind The Mask”. Dum disco de Michael Jackson o que menos se vê é o Michael Jackson, o genial Michael Jackson.
É claro que não era o caso dele ficar se repetindo, usar a mesma fórmula para sempre até a exaustão. Até porque ele não precisava. Ele já era um artista consagrado – consagrado mas não sagrado – quando começou a gravar o disco. Mas o que se espera de um artista como ele é nada menos do que a excelência pura.
Enfim, se o Michael estiver lendo isso do céu, só quero que você saiba: mesmo sendo um disco pouco inspirado, ainda é melhor do que muita coisa que ouço por aí. Ter que aguentar Justin Bieber é osso.
Nota: 3/10
Tracklist:
01. Hold My Hand
02. Hollywood Tonight
03. Keep Your Head Up
04. (I Like) The Way You Love Me
05. Monster
06. Best of Joy
07. Breaking News
08. (I Can't Make It) Another Day
09. Behind The Mask
10. Much Too Soon
02. Hollywood Tonight
03. Keep Your Head Up
04. (I Like) The Way You Love Me
05. Monster
06. Best of Joy
07. Breaking News
08. (I Can't Make It) Another Day
09. Behind The Mask
10. Much Too Soon
Um comentário:
MJ foi um grande artista, perfeito em todos os aspectos técnicos. Não dá nem pra comparar.
Abraço, @AnonimoFamoso. :)
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