A flauta transversal reluzia e encantava. A melodia elaborada mantinha a plateia atenta ao rápido movimento dos dedos pelo instrumento. O repertório diversificado incluiu até o frevo. Contou também com composições do consagrado K-Ximbinho, classificado como Mestre. No comando do espetáculo, um menino.
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Os grandes olhos castanhos observavam as reações da platéia ao chorinho. De cabelos bagunçados, camisa branca e calça laranja, João Vitor de Pádua surpreendia. Surpreendia pela desenvoltura, habilidade e carisma. Com nove anos de idade, já tem cinco de prática e não deixa a desejar na execução de clássicos da música brasileira. O menino torna-se homem ao empunhar a flauta e não deixar falhar agudos brilhantes e graves aveludados.
Também teve prova de fogo no espetáculo que ocorreu na Casa daRibeira. O músico potiguar Carlos Zens, destacado pelas composições e interpretações na flauta, assistia atentamente a apresentação. Foi pego de surpresa quando escutou duas de suas melodias serem executadas pelo menino João Vitor. Não hesitou em aplaudir, elogiando: “Pode pegar quantas músicas você quiser”.
A máxima de a família ser a base de tudo é levada ao pé da letra pelos “Pádua”. O pai de João Vitor, Antônio de Pádua, se realiza ao ver toda a família no mesmo palco. Habilidoso e versátil com o violão de sete cordas, Antônio vê na ponta oposta a mulher Roberta Karin. Ela divide com o outro filho do casal, Matheus Jardim – 16 anos -, a percussão. O som é complementado por Wallison dos Santos, no violão de seis cordas.
“Onde estará esse menino daqui a 10 anos?”. Essa é apergunta que fica dado o talento precoce visto. Quando o passatempo é viajar com uma flauta pela história da música brasileira, João Vitor não mente ao falar: “O chorinho é massa”.
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