segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Natal tem samba, tem samba Arquivo Vivo

Há pouco menos de um ano esse blog começou suas atividades, no dia dois de dezembro o texto O samba não pode morrer! do meu colega Leonardo Erys deu o ponta pé inicial nesse projeto. E de que outra maneira seria melhor começar?

Gostei da camisa, eu quero uma.
Mas por que o samba não pode morrer? Para responder esse questionamento eu poderia te dar uma enorme lista de motivos, mas por hora simplesmente ressalto a idéia do tamanho do nosso país, e ainda assim sambistas em todas as extremidades dessa nação não se cansam de propagar a música, o estilo de vida e as palavras de amor, já compartilhado por tantos outros célebres da nossa música.



Aqui no Rio Grande do Norte não é diferente, muitos artistas trabalham para passar todo esse conhecimento adiante. Um desses grupos está lançando o seu primeiro trabalho autoral nesse mês. O Arquivo Vivo já tem quase quatro anos de estrada, revivendo clássicos de bambas conhecidos da nossa história.

O disco Samba no Beco faz uma homenagem ao Beco da Lama um dos recantos da boemia potiguar e de enorme efervescência cultural. Num primeiro momento pensei se tratar de um disco ao vivo, devido ao nome, mas estava enganado. A honraria dada ao ponto de encontro tradicional da cidade, é nada mais que justa, pois por outro lado quem deveria também incentivar locais como esse nada faz, mas não vamos nos prender a esse assunto no momento e falaremos de coisa boa.

A maioria das letras fala de amor, relacionamentos, poesia, porém com aquela tradicional pureza que só ao samba se pode confiar. Entretanto o toque especial foi dado à música que dá nome ao disco. Nela podemos nos imaginar no Beco da Lama, tomando aquela gela, e com os grandes amigos do lado, melhor que isso só se na segunda-feira for feriado. Após fazer essa visita na sua cabeça, a primeira coisa que se tem vontade é pausar o disco e sair para ouvir o samba ao vivo no beco mais famoso de Natal e cantar versos como “Hoje tem samba no Beco / Vem gente de cima, vem gente de baixo / O samba começa com banjo e cavaco / Pandeiro, rebolo chegou o violão” e “No Beco da Lama tem muita magia / Juntando cultura, samba e poesia”.

Num primeiro momento estranhei algumas coisas nos vocais, como se em alguns momentos o cantor estivesse meio fanho ou algo do tipo, mas conversando com os amigos sobre o disco chegamos a uma conclusão, isso é o nosso sotaque se manifestando nas músicas, assim como a banda de neo-mpb SeuZé que não temem em mostrar seu regionalismo.

Para conferir você mesmo o trabalho dos caras basta entrar em contato com eles pelo Twitter no perfil @arquivovivoraiz ou então em suas apresentações.



Um comentário:

Arquivo Vivo disse...

Parabéns ao compositor de Samba no Beco, Maurício Souto.