Por Paulo Nascimento/Especial para o Aqui Tem Som
Sob a proteção do guerreiro
romano-cristão da Capadócia, o samba começa tímido em frente ao tradicional Bar
de Nazaré. Ornada de vermelho e branco, as cores do guerreiro São Jorge /Ogum
que é companhia de grande parte dos sambistas espalhados pelo Brasil, a mesa
recebe pandeiro, tantã, cavaquinho, banjo, surdo, tamborim... Mesas lotadas
tomam conta de parte da rua Coronel Cascudo, em pleno Centro da capital
potiguar.
O samba começa a ecoar pelo
Centro vazio (triste de uma cidade que se esquece do seu “coração”) e chama aos
poucos aqueles que estão sentados nas mesas vão se levantando e os que estão
dentro do bar pegam suas cervejas, indo aos tantos se aboletando ao redor dos músicos,
como ocorre toda sexta-feira há praticamente, me conta meu amigo e companheiro
de profissão Rafael Duarte, mais do que habitué
dos sambas da quinta-feira no Bar de Nazaré. Está feita a dita roda de
samba, como manda o figurino (porquê manual não é coisa de sambista).
Quase três horas de samba embalam
a galera, que canta alta quase todas as músicas. Feliz, vejo finalmente Natal
com um bom público de samba, reunindo gregos e troianos, além claro do ótimo
Arquivo Vivo. Que isto cresça cada vez mais, espalhe-se por todos os lugares e,
quem sabe um dia, vejamos o nosso Centro pulsante de vida, música, luzes e
cores.
Salve Jorge! Vida longa ao samba!
Vida longa à roda de samba do Bar de Nazaré! E quem não foi, está perdendo
tempo. Junte seus amigos que gostem da boa música – e de uma cerveja gelada - e
corram para a Coronel Cascudo na noite de quinta-feira. (Dica: quem quiser uma
mesa, chegue um pouco antes das 19h ou vai ficar de pé).
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