O nome Filhos de João, O Admirável Mundo Novo Baiano pode parecer complexo para um documentário sobre a história dos Novos Baianos, mas no desenrolar da história de um dos maiores nomes da música brasileira e autores de “Acabou Chorare” que para mim está entre os 5 melhores discos da música brasileira. Mas essa complexidade acaba quando paramos e percebemos que a única coisa que poderia sair dali só poderia cheirar a genialidade tendo em vista quem uniu o espermatozóide e o óvulo foi o não menos espetacular Tom Zé e o pai de todos foi o rabi João Gilberto, daí a primeira parte do nome. Porém vou deixar o admirador de lado, para poder escrever.
Capa do disco Acabou Chorare,
de 1972/divulgação |
O filme trabalha a relação entre os baianos e um senhor que certa vez bateu na porta do apartamento deles em São Paulo às 03 a.m, eles por sua vez chegam a pensar que era a polícia tendo em vista o barulho e o cheiro do apartamento naquele horário, mas não, era um dos maiores nomes da Bossa Nova brasileira: João Gilberto.
O homem que marcou a mudança na história do grupo daquela noite em diante. Só achei estranho não ter nenhum depoimento dele no documentário, porém é algo a se esperar de João. Outra que também não vi dar as caras na telona foi Baby Consuelo, porém ao final, ficou explicado, que após gravar tudo ela não autorizou a publicação do seu material, o que é triste, pois ela também é uma representante daquela geração, tirando isso todos os outros deram seus depoimentos, alguns nem parecem mais aqueles “porras locas” de outrora o que é engraçado de se constatar.
O carnaval baiano da época foi discutido no filme como também os anos vividos no famoso sítio do grupo, num sistema, que pelo menos enquanto durou, foi o ideal e harmonioso, porém com o passar do tempo e o surgimento de regras e padrões aquele sonho de uma geração, o qual se tornara realidade, caiu, levando ao fim do grupo.
Ficha Técnica
Roteiro e Direção: Henrique Dantas
Produtor Executivo: Henrique Dantas
Diretor de Fotografia: Hans Harold
Montagem: Bau Carvalho e Henrique Dantas
Produção: Adler Paz, Bau Carvalho e Solange Lima
Som: Nicolas Hallet e Paulinho Seabra
Produtor de Finalização: Marcos Carvalho e Lula Oliveira
Finalizador: Bau Carvalho
Desenhista de Créditos: Izqui (Joselito Cochran); Ricardo Bertol
Concepção Gráfica: Fabrício Branco
Assistente de Produção: Daniel Fróes
Consultoria Jurídica: Caio Mariano Senna
Duração: 76 minutos
Formato: Digital e 35mm
Som: Dolby 5.1
Janela: 1.85
Ano de Produção: 2009
Classificação Etária: Livre
Patrocínio: Petrobras e Neoenergia
Viabilizado pela Lei de Incentivo do Audiovisual (Art. 1ºA)
Este filme foi selecionado pelo Programa Petrobras Cultural
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