Falar de Radiohead é bastante complicado. Tem gente que adora, tem gente que odeia. Tem gente que ignora. Eu era um desses. Na verdade, os únicos discos que tinha escutado deles foram o obrigatório “Ok Computer” (1997) e o conturbado “In Rainbows” (2007). O primeiro até me agradou um pouco, o segundo me pareceu interessante, mas que só foi o que foi por causa do hype. E aí está a parte complicada de se falar sobre a banda: não há consenso de nada. Na hora que “The King of Limbs” começou a tocar nos auto-falantes e fones de ouvidos das pessoas que o baixaram, os ouvintes reagiram das mais variadas formas. Teve gente dizendo que o disco era “um pedaço de merda. Eu odeio Radiohead”; teve gente dizendo “Desculpe, eu desisto. É tipo Bono [Vox, vocalista do U2] sem o carisma”. Teve gente dizendo que “o disco é lindo”. Acho, então, que esta é a beleza do grupo: é quase como ver uma pintura expressionista. Não adianta opiniões alheias dizendo que é bom. Você tem que experimentar para dizer se é realmente bom ou se não é. A minha opinião é de “The King of Limbs” é um “In Rainbows” mais etéreo.Mas, como eu disse, não adianta opiniões alheias, só você pode dizer se é bom ou não. Então, eu te pergunto: o que você achou do álbum?
Nota: a minha é 7.5/10. Você me diz a sua.
1. Bloom 2. Morning Mr. Magpie 3. Little by Little 4. Feral 5. Lotus Flower 6. Codex 7. Give Up the Ghost 8. Separator
Cinco anos sem lançar material novo, apenas colhendo os frutos de um bem sucedido DVD ao vivo, levantaram algumas suspeitas a respeito de “Odiosa Natureza Humana”, quarto albúm de inéditas da Matanza. As dúvidas começaram a surgir quando os fãs perceberam a ausência de Marco Donida nos shows. O guitarrista é também o principal compositor e seu afastamento da banda prejudicaria em muito as excelentes canções do grupo, sempre bem humoradas ao retratar a violência, as bebedeiras e a vida libertina do velho oeste americano.
Donida, entretanto, não havia deixado a Matanza. Ele apenas cansara de viajar de um lado para o outro em turnê e resolveu parar em São Paulo, se dedicar aos desenhos e passear com o cachorro pra variar. Continua tão ligado à banda quanto antes, tanto que assina onze das 13 faixas deste novo disco e retornou à guitarra durante as gravações.
As gravações, inclusive, duraram meros 3 dias e foram feitas usando fitas de rolo, sem interferência de qualquer aparato digital. O resultado, porém, não deixou nada a desejar em comparação aos métodos mais modernos e o disco já estava pronto no fim de janeiro, dando um bom tempo para preparar a divulgação do lançamento.
Deixando os detalhes técnicos de lado e partindo para a música propriamente dita, “Odiosa Natureza Humana” traz de volta o já consagrado estilo Country Hardcore presente desde “Santa Madre Cassino” (primeiro albúm da banda, de 2001). As canções, quase em sua totalidade, contam histórias (nem sempre divertidas) sobre atos impensados e suas consequências. Remédios Demais, faixa que abre o disco, e Conforme Disseram as Vozes são bem violentas, enquanto Em Respeito ao Vício, Saco Cheio e Mau-Humor e Odiosa Natureza Humana são confissões ranzinzas de alguém que não deseja ser importunado.
Ela Não Me Perdoou e Melhor Sem Você mostram uma breve faceta romântica. Afinal, versos como “Então eu tive a grande idéia de uma serenata / Levei uma pedrada que quase me matou / Eu acho que ela ainda não me perdoou / Eu acho que ela não me perdoou” são o máximo do romantismo para uma banda de velhos beberrões como é a Matanza.
Nota: 8/10
1. Remédios Demais
2. Em Respeito ao Vício
3. Ela Não Me Perdoou
4. Escárnio
5. Tudo Errado
6. Saco Cheio e Mau-Humor
7. Odiosa Natureza Humana
8. Carvão, Enxofre e Salitre
9. Amigo Nenhum
10. Conforme Disseram as Vozes
11. Melhor Sem Você
12. A Menor Paciência
13. O Bebum Acabado
Extra: Confira agora algumas faixas de “Odiosa Natureza Humana” já liberadas no MySpace oficial da banda.
Para quem não sabe quem é Lester Bangs, vou dar uma de historiador:
Muitos acreditam que esse americano é o maior crítico de música de todos os tempos, quando falo música, me refiro à indústria cultura, deixando de lado a clássica, de raiz, regional, enfim, aquela que não é “comercializada”. Lester já escreveu para a Rolling Sotenes e para a Creem. Morreu muito jovem e alguns de seus artigos foram publicados num livro chamado “Reações Psicóticas”.
Agora para quem não me conhece:
Eu sou um jornalista, que como qualquer outra gosta muito de ler, porém eu tenho um defeito, a minha leitura é muito lenta e quando um livro não é interessante ou enrolado, a coisa piora, estava/estou (pois ainda não desisti de ler até o fim) lendo um livro há meses, quando a leitura complica passo a me amparar em revistas e outros livros, nesses “outros livros” acabei me deparando com o livro de Bangs, indicado por um amigo que também faz parte da equipe desse blog. O livro é muito bom, e o cara é um ótimo escritor como dizem, e sua marca é a simplicidade no que escreve, ele fala com se estivesse na mesa de um bar ou chapado em uma festa, a segunda hipótese é mais provável, não procura palavras rebuscadas e a essência do que diz é o mais puro feeling conquistado com anos de somente escutar música, boa música. O maior problema para mim foi conhecer as bandas das quais ele fala, por outro lado me dá espaço para conhecer mais e melhor outros artistas, digo músicos.
O capítulo que me motivou a escrever, além de acordar mais cedo que o normal, é o “Especial Kraftwerk” escrito para a revista Creem em setembro de 1975. Kraftwerk foi uma banda alemã, marcada pela sua diferença no que diz respeito de onde tiravam o som.Para facilitar eles foram uma espécie de Depeche Mode.
Se lermos o texto com uma visão ampliada veremos que a sua raiz está em todo o processo de evoçução da raça humana: criar algo que o substitua, mesmo sem saber que não queremos aquilo.O fato de tornar tudo mecanizado e automático nos revela algumas bizarrices, como garoto com voz de menina no topo das paradas e mega palcos para somente uma pessoa pensar que está tocando.
Por um lado a internet e a computação abriram mais espaço para os que antigamente estavam desprezados pelas gravadoras, por outro facilitou a aparição de verdadeiras fraudes; o que no passado um músico ralava para compor um solo ou uma melodia, estudava, e ensaiava mil vezes para sair da mais perfeita maneira, hoje qualquer um pode fazer uma besteira lá, sei lá tocar uma pentatônica ou coisa assim, e o produtor, por muitas vezes mais estrela que o cantor, com o engenheiro fazem o resto, digo o computador. Ás vezes refletindo penso que para muitos a clave de sol é simplesmente para tatuar no braço e ter uma “ligação” com a música para o resto da vida.
Outro motivo que me beliscou para esse tema é o frequente uso da maquinação da voz do cantor, tudo bem, falar um verso, dentro de um contexto, agora as cantoras pop de hoje em dia usam e abusam desse artifício, que por sinal é ridículo, poxa se você não tem das mais belas vozes, então limite seu público ao sabonete e à esponja.
Felizmente para quem procura ainda é possível encontrar músicos de verdade por aí, muitos, infelizmente ainda escondidos por grandes selos, afinal a internet trouxe a liberdade de fazer e divulgar, mas não de se chegar ao estrelato para isso 80% ainda depende deles, os grandes.
Como disse Lester quando questionado aonde está indo o Rock:
Foo Fighters mostra as músicas novas Isso só me lembra uma coisa a minha amiga Tê que vai para um show dos caras em Berlim.
Gorillaz acaba
E cada dia uma nova banda colorida aparece, é brincadeira?
Gorillaz 2
Não vou entender como os caras de hoje em dia, têm essa mania de "projeto paralelo". Pra mim é mais moda mesmo, no final das contas atrapalha o projeto antigo e nem sempre faz a mesma coisa, salvo uma pequela parcela que realmente tem a puta qualidade de manter quantos projetos quiser e fazê-los da melhor maneira.
E quanto aos que relamente se dão bem com os projetos da sua vida, o motivo desse sucesso é realmente querer fazer o que está fazendo, e querer fazer mais um pouco. Os demais se cansaram do que faziam e partem para outra, com medo de perder a fama conquistada, mantém o primeiro só por segurança.
Por esse motivo parabenizo Mike Portnoy e John Frusciante que tiveram bagos para encarar uma nova fase de suas vidas. E também Dave Grohl que pelo menos até agora mantém projetos paralelos e com exelente qualidade.
Lançamendo de Cigarras Para os fãs de Forfun (como eu) amanhã sai o último clipe do álbum "Polissesso", Nessa quinta (10) às 21h, será lançado o vídeo de Cigarras, e para o final de março teremos o 4º disco dos caras "Alegria Compartilhada", ainda não se sabe se estará disponível no site da banda para baixar, o que se sabe é que ele está repeleto de participações especiais.
Slash disse que poderia voltar para o Guns se Axl pedisse desculpas KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Se os fãs do Guns tiveram uma gota de esperança no retorno da formação classica da banda, eu só digo uma coisa: Só lamento! Todo mundo sabe do temperamento de Axl, e uma coisa dessas é muito difícil dele fazer.
Liam pede para Noel ficar longe dos shows da sua banda
"FDPs... Irmãos idiotas que acabaram com o Oasis".
Por outro lado, o cantor estaria irritado com o modo de vida de Jamie, acusando-o de se preocupar mais festas do que com o próprio Gorillaz. Com o agravamento do convívio dos dois, a banda decidiu se separar. Formado em 1998, o grupo tem quatro discos gravados – Gorillaz (2001), Demon Days (2005), Plastic Beach (2010) e The Fall (2010) – e 13 clipes, incluindo o seu maior hit, “19-2000”:
Informação importante pra você que pretende ir ao Rock in Rio 2011. Em nota no site oficial do evento, os organizadores anunciaram uma nova data para o início da venda de ingressos. A previsão é que o público já possa efetuar a compra a partir do dia 7 de maio, dois meses antes do que estava agendado anteriormente.
A expectativa é repetir o feito do final do ano passado, quando foram colocadas à venda 100 mil entradas antecipadas, os famosos Rock in Rio Cards, que esgotaram-se em apenas 21 dias. É possível que a procura seja ainda maior dessa vez, já que agora trata-se da decisão definitiva entre ir ou não ao festival.
Os preços continuam os mesmos do período de pré-venda, cada dia do evento custará a bagatela de R$ 190 (inteira) ou R$ 95 (meia-entrada). Lembrando também, aos que possuem Rock in Rio Card, de que já é possível escolher e garantir o dia de sua preferência no site do festival.
Assista abaixo a um vídeo promocional do Rock in Rio.
Uma preocupação notória com as letras, arranjos muito bem trabalhados, uma voz limpa e o melhor álbum brasileiro de 2010. Marcelo Jeneci, paulistano de 28 anos, fez do seu primeiro trabalho uma obra-prima e de sua carreira, agora como cantor, um tanto promissora. Sim, Jeneci já é um velho 'conhecido' no mundo da música. Trata-se de um músico e compositor bastante requisitado, parceiro de Arnaldo Antunes (com o qual assina 6 músicas do seu CD), além de ter composto "Amado", sucesso na voz de Vanessa da Mata.
Já o seu primeiro CD, "Feito pra acabar", traz consigo a enorme versatilidade musical de Jeneci. O não-preconceito musical do cantor é a marca registrada do álbum, que transita do tom caipira da viola, na suave e linda "Pra sonhar" ao peso das guitarras em "Pense duas vezes antes de esquecer". Canções que, por sinal, acabam se tornando secundárias no disco.
Ao passear pelas demais canções, os destaques vão para "Quarto de dormir" e "Feito pra acabar". A primeira talvez seja a música com o tom mais brega do álbum, e de fato é. Ela nos faz lembrar os grandes sucessos da dupla Roberto Carlos e Erasmo Carlos. A música traz a história de dois ex-amantes em seus respectivos quartos, com suas lembranças e a saudade do tempo em que estiveram juntos. Tudo muito bem descrito, como numa narrativa, assim como fazia a dupla da Jovem Guarda em seus clássicos da década de 70 como "Os seus botões", de 1976.
Já "Feito pra acabar", música que dá nome ao álbum, tem uma letra curta e que supostamente trata do nosso caminhar durante a vida, das tristezas, alegrias e surpresas que se fazem presentes na história de cada um. Mas o que mais marca não é a letra e sim o arranjo espetacular durante os 7 minutos e 25 segundos da música. Um piano impecável e um refrão de grande força, além de um vocal que "sobe" na hora em que precisa.
Nesse primeiro trabalho, Jeneci ainda traz um grata surpresa: a cantora Laura Lavieri, dona de uma voz suave, e que interpreta boa parte das canções do disco, como a linda, meio boba e clichê, é verdade, "Felicidade"; ou "Longe", canção antes gravada por Arnaldo Antunes e Leonardo, mas que, de longe - trocadilhos a parte -, tem a sua melhor versão nesse CD. Além disso, o disco conta na sua produção com o experiente e talentoso Kassin.
Para não dizer que tudo saiu às mil maravilhas, "Jardim do Éden", segunda faixa do disco, é bem entediante. Mas é a exceção nesse fantástico trabalho de Marcelo Jeneci. Um álbum completo, feito pra não acabar.
Na verdade, não era pra serra ser um instrumento musical. Era pra ser apenas uma ferramenta para cortar. Mas, no século XIX, um morador das cordilheiras Apalaches, nos EUA, decidiu toca-la, usando um arco igual ao que é usado para tocar violinos. Apesar disso, há pessoas que dizem que a “serra musical” foi criada na Argentina ou na Rússia. E ainda pessoas que teorizam dizendo que ela poderia ter sido criada na época em que as serras foram criadas, durante o século XVII. Curiosidade: Nos Estados Unidos, há fábricas especializadas em criar “serras musicais”. Geralmente, esse tipo de serra é mais fina e não possui dentes.
Existe uma razão pela qual é usado o verbo “tocar” para quando se usa algum instrumento para produzir música: há algum contato com o objeto. Mas com o teremim, isso acaba virando uma discussão até mesmo filosófica. O Teremim é tocado ou não? O instrumento musical foi criado em 1919 pelo russo Lev Sergeivitch Termen com o intuito de ser o primeiro instrumento a não precisar de nenhum contato físico para produzir som. É também o primeiro instrumento no mundo a funcionar totalmente por energia elétrica. Curiosidade: Os teremins modernos são relativamente pequenos, mas o primeiro mais parecia um armário do que um instrumento musical.
Quando Lou Reed lançou o disco “Metal Machine Music”, a revista Rolling Stone disse que o disco era “um gemido tubular de um refrigerador galáctico”. Na verdade, acho que essa é a perfeita descrição do som do didjeridu, que de longe mais parece uma vuvuzela gigante. Criado a mais de 1500 anos, o instrumento foi primeiramente usado em cerimônias de aborígenes da região de Kakadu, norte da Austrália. Curiosidade: Segundo um estudo do British Medical Journal de 2005, tocar didjeridu ajuda a combater o ronco e a apnéia do sono. Isso acontece devido ao fortalecimento de alguns músculos da respiração.
Muita gente toca violão sem saber de quais madeiras ele é feito. Também muita gente pode não saber que o seu piano tem teclas de marfim. Mas isso não ocorre com a gaida: você nitidamente vê que ele foi feito com couro de bode – ênfase no nitidamente. Criada pelos povos celtas que viviam próximos do rio Danúbio, ela pouco se diferencia da gaita-de-foles escocesa. Na verdade, pode-se afirmar que os celtas, ao se mudarem para a Escócia, levaram consigo a gaida. Curiosidade: O som da gaida e da gaita-de-foles também são bastante idênticos.
Não poderia haver outro instrumento para ser o número 1. O instrumento é um sintetizador de bateria em forma de guitarra. E é usado nas músicas de protesto do seu excêntrico criador, Tony da Gatorra, um sujeito que parece ter saído direto de Woodstock. O cantor trabalhava como técnico eletricista em sua cidade natal – Esteio, Rio Grande do Sul – e utilizou todo o seu conhecimento em equipamentos para criar a sua gatorra. A partir daí, ele começou a fazer show em bares de Porto Alegre, até ser descoberto por um radialista local. E então foi só sucesso, chegando até mesmo a fazer uma turnê pelo Reino Unido no ano passado. Curiosidade: Quando a Franz Ferdinand veio ao Brasil em 2006, Tony deu uma gatorra de presente à banda.
Planejando reviver canções menos conhecidas de uma carreira musical consagrada, Lulu Santos se apresenta em Natal nesta sexta-feira (4/02) no Teatro Riachuelo. O show faz parte da turnê do seu mais novo projeto acústico, o Lulu Santos Acústico MTV II, exibido primeiro pela emissora em setembro e depois lançado em CD e DVD no mês de outubro do ano passado.
Se o repertório manter-se o mesmo dos produtos encontrados nas lojas, das grandes conhecidas pelo público só “Papo Cabeça”, “Tudo Azul” e “Já É” estarão presentes. Entretanto, aquele fã mais ávido do Lulu vai se divertir com preciosos lados B como “Dinossauro do Rock”, “Vale de Lágrimas” e “Baby de Babylon”, além da nova “E Tudo Mais”, possível candidata para abrir a apresentação única do cantor na capital potiguar.
As portas do teatro, que está localizado no 3º piso do Midway Mall, serão abertas às 20h, uma hora antes do previsto para o início do show. Caso pretenda ir, você terá que se desfazer do amor de R$ 110 (R$ 55 para quem possui o direito à meia entrada), no mínimo. O Teatro Riachuelo mantém o nível das boas atrações que tem oferecido desde sua inauguração, mas continua com os preços elevados demais para o bolso do natalense.
LULU ACÚSTICO MTV II
Quando: Sexta-feira, 04 de fevereiro
Onde: Teatro Riachuelo, 3º piso do shopping Midway Mall
Horário: 21h (abertura das portas às 20h)
Ingressos: R$ 110 (inteira) e R$ 55 (meia entrada) para Pista – em pé ou R$ 130 (inteira) e R$ 65 (meia entrada) para Plateia Alta, Frisa, Camarote e Balcão Nobre
Onde Comprar: La Femme, Midway Mall (3646-3292) e na Ecologica, também no Midway Mall (3215-8307)